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Dia da Consciência Negra é tema de palestra no TCE-MS

18/11/2016 00:00   Educação   ----   Roberto Araújo


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“A cor pode ser diferente, mas os corações são iguais”, com essa frase o Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul, promoveu na tarde desta sexta-feira (18/11) na Escola Superior de Controle Externo (Escoex) uma tarde de debates, trazendo uma reflexão sobre o dia da Consciência Negra. O evento que reuniu servidores da Corte de Contas, contou participação da Mestra e Doutora em Antropologia pela Universidade de Brasília (UNB), Tânia Mara Campos de Almeida que ministrou a palestra: Violência de Gênero e Raça.

Na abertura do evento, o coordenador-geral da Escoex, Ben-Hur Ferreira, agradeceu a presença e o apoio da diretora-geral da Escoex, conselheira Marisa Serrano e, ainda exaltou a relevância da discussão do assunto: “É importante o momento para que possamos fazer uma reflexão. Porque o racismo não deve ser combatido somente por negros e sim por todas as pessoas de bem da sociedade.”

Em seguida, a programação seguiu com a palestra da Doutora Tânia Mara Campos, que pontuou no início da apresentação sobre a violência vivida pela mulher negra: “Em nosso país o racismo ainda é muito presente na sociedade, e a as questões de classe social, recaem fortemente sobre as mulheres negras do país. Essa mulher está numa injunção de opressões, de situação de exclusão de uma forma muito mais marcada que outros grupos sociais do Brasil”.

Ainda segundo a palestrante, o racismo ainda acontece no país de uma forma velada: “As pessoas não assumem que estão praticando o racismo, ofendem muitas vezes e dizem que foi uma brincadeira. Por isso, antes de tudo, a sociedade precisa reconhecer que a violência contra a população negra em geral, e principalmente contra a mulher, tem crescido no país, e que esse tema precisa ser amplamente debatido sempre na sociedade no sentido de buscarmos soluções para o problema”.

 

 

Dia da Consciência Negra - Essa data foi estabelecida pelo projeto de lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. Foi escolhido o dia 20 de novembro, pois foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares. A homenagem a Zumbi foi em razão do mesmo ser um personagem histórico que representou a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. A criação desta data foi importante, pois serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional.